11 de nov. de 2013

Endometriose


A endometriose, doença que atinge mulheres em idade fértil. Além das dores, a disfunção pode causar a infertilidade em alguns casos e precisa ser acompanhada com atenção.
“A endometriose é uma doença cuja incidência aumentou bastante nos últimos anos”, conta Daniela Gouveia, especialista em endometriose e diretora da Clínica Vivid, em São Paulo. Segundo ela, o problema pode ter origem em vários fatores, até a herança genética.
A doença se prolifera durante a menstruação e deixa de apresentar sintomas quando não há menstruação. Assim, quanto maior o número de ciclos menstruais vividos, maior é a chance de desenvolvimento da endometriose. Por isso, a alteração é mais comum em mulheres que optaram por uma gestação tardia, ou que interromperam poucas vezes o período menstrual.

Entenda a doença

O endométrio é a parede celular que cobre o interior do útero. Quando não ocorre a fecundação, esse tecido se desprende e é eliminado pelo organismo, na menstruação. Em alguns casos, essas células não são expelidas corretamente e se alojam em outro local, onde se multiplicam de maneira crônica. Essa anomalia é chamada de endometriose. “Podem parar na parede externa do útero, na parede abdominal interna, nos órgãos genitais, intestino, ovários e trompas”, exemplifica a médica.
O problema de ter essa formação inadequada é o processo inflamatório que ela desencadeia. “Essas partes de endométrio que estão para fora do útero sangram, provocam uma inflamação interna e causam um tecido aderencial, que se chama fibrose”, explica Daniela. O sintoma mais conhecido da endometriose é a dor, muitas vezes confundidas com as cólicas menstruais.

Endometriose e gravidez

Quando o endométrio acaba se instalando nas trompas, ele pode obstruir o canal e diminuir a fertilidade. Com o tratamento adequado, é possível reverter o quadro. Mas em alguns casos, a inflamação é tão grande que os tubos acabam destruídos. Nesse caso, é necessária uma fertilização in vitro para engravidar.
Um dos tratamentos usados para tratar a endometriose é o procedimento cirúrgico. Mas, segundo Daniela, isso não traz problemas para as futuras mamães. A operação normalmente ocorre sem prejuízo para o ovário e o útero. “Para retirar um órgão hoje em dia, ele tem que estar ou cancerígeno ou muito doente”, avisa a médica.
Como a proliferação está ligada ao período menstrual, uma das formas de controlar a doença é a interrupção do ciclo. Por isso, a gravidez é vista por muitos médicos como um tratamento. Outra opção é o uso de anticoncepcionais para inibir a menstruação. Essas ações não combatem a doença, apenas evitam que ela continue em expansão.
Se você for diagnosticada com endometriose e engravidar, não se preocupe. Segundo a médica, o bebê está bem protegido e não vai sofrer interferência nenhuma. O tratamento correto vai garantir uma vida saudável e tranquila. Fernanda Machado, por exemplo, já voltou ao trabalho.


Fonte: http://meubebe.br.msn.com



6 de nov. de 2013

Cólica



 Meu bebê chora demais. Como vou saber se é cólica ?
Cólica é um termo geralmente usado para descrever choro incontrolável em bebês saudáveis. Se o seu filho tem menos que 5 meses, chora mais que três horas seguidas mais que três vezes por semana, e isso já dura ao menos três semanas, há boas chances de ser cólica.

A cólica costuma aparecer por volta de duas a três semanas após o nascimento (no caso de crianças prematuras, de duas a três semanas após a data prevista para o parto).

É normal que bebês chorem quando estão com fome, molhados, assustados ou cansados, mas crianças com cólica choram sem parar e nada consegue lhes dar conforto ou consolo.

Quais são os principais sintomas da cólica?
Num bebê com cólica, você pode notar o seguinte:
  • Ele tem crises de choro intenso, e é difícil acalmá-lo
  • Ele encolhe as perninhas e arqueia as costas para trás, estica-se e se espreme enquanto chora
  • Ele solta puns quando chora

A cólica normalmente ataca no final da tarde e à noite. Em casos mais difíceis, o bebê chora a qualquer hora do dia. Pode ficar difícil dar de mamar para o bebê quando ele está tão desconfortável. 

Quando é que a cólica vai embora?
A cólica pode mesmo ser desesperadora para a família, principalmente porque todos estão se adaptando à nova vida com o bebê. O alento é que ela não é grave, não é uma doença e costuma melhorar bastante entre os 3 ou 4 meses. O pico geralmente ocorre por volta de 6 semanas. 

Por que o bebê fica com cólica?
Ainda não se sabe exatamente o que provoca a cólica. Cerca de 20% dos bebês apresentam cólica, e ela aparece tanto em meninos quanto em meninas, crianças amamentadas no peito ou na mamadeira, e tanto em primeiros filhos como em segundos, terceiros etc.

A realidade é que ainda não se sabe ao certo por que algumas crianças são mais suscetíveis às cólicas que outras.

Uma das hipóteses mais fortes é a de que o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, o que faz a barriga doer em reação a algumas substâncias do leite materno ou do leite artificial. As contrações intestinais do bebê estariam "desorganizadas".

Outras possíveis explicações são:
  • O sistema nervoso do bebê ainda não amadureceu e fica sensível demais
  • O bebê sente dor porque tem dificuldade de expelir gases

Outra indicação é que o fumo durante a gravidez ou o convívio com alguém que fuma podem predispor a criança a ter cólica. 

Há algum risco para o bebê?
Não, o bebê não corre nenhum risco. Mas é preciso sempre consultar o médico para ter certeza de que se trata de cólica mesmo e não de algum outro problema que esteja causando dor ou desconforto, como uma hérnia ou uma infecção.

O ruim é que, conforme o bebê chora, ele pode engolir mais ar, o que só provoca mais gases e cólica.

E é muito difícil conviver com um bebê que chora tanto. Ainda mais quando a mãe está sensível por causa de tantas mudanças hormonais, que já são motivo suficiente para ela chorar por horas e horas também.

Quanto mais tenso ficar quem está cuidando do bebê, mais difícil será acalmá-lo.

As estratégias para tranquilizar o bebê dependem da possível causa da cólica. Veja as possibilidades:
Reação ao leite materno ou fórmula
Pode ser que o sistema digestivo do bebê ainda seja imaturo, e que algumas substâncias provoquem dor e desconforto. O que fazer:
  • Se você está amamentando, pode experimentar fazer algumas mudanças na sua alimentação para ver se o bebê chora menos. Uma regra simples é a seguinte: procure eliminar os alimentos que causam gases em você. Entre os alimentos que se imagina que possam causar cólica estão: leite, chocolate, brócolis, couve-flor, repolho, feijão, cebola e comidas apimentadas. Mas lembre-se de que uma mãe que amamenta precisa se alimentar bem, e que o leite materno é o melhor para o bebê (bebês que tomam fórmula também têm cólica!).
  • Se seu bebê toma fórmula, pode ser que ele tenha alguma alergia ou intolerância a um componente do leite artificial. O pediatra pode prescrever uma fórmula especial.
Sistema nervoso imaturo ou sensível demais
Pode ser que o bebê ainda não esteja pronto para tantos estímulos que o mundo joga sobre ele. Se o choro do bebê não parecer estar relacionado com dor de barriga, experimente as seguintes táticas:
  • Segure o bebê no colo bem apertadinho, use um sling ou experimente enrolá-lo numa manta.
  • Experimente mantê-lo num ambiente sem muitos estímulos, com pouca luz e pouco barulho. Se você achar que segurá-lo no colo não está adiantando, tente colocá-lo por alguns minutos no berço.
  • Como você já deve ter descoberto, o bebê chora menos quando está em movimento. Carregue-o com você num canguru ou sling, deite na rede com ele, passeie bastante ou balance o carrinho. No caso do choro desesperador da cólica, não adianta ficar se preocupando em acostumar mal o bebê.
  • Barulhos constantes ou rítmicos, como o do ventilador, acalmam alguns bebês.
  • Chupar o dedo ou a chupeta podem acalmar o bebê. Você também pode fazer uma massagem leve.
Dor causada por gases
Você vai notar que o bebê se "espreme" e se contorce, e parece ter alívio quando solta um pum ou quando consegue fazer cocô. Ele também pode começar a chorar no meio de uma mamada.

Algumas sugestões:
  • Ponha o bebê para arrotar depois de cada mamada. Veja mais detalhes sobre como colocar o bebê para arrotar.
  • Procure manter o bebê com a cabeça levantada na hora de dar de mamar. Se você amamenta o bebê, confira se ele está pegando o peito direitinho e experimente variar as posições de amamentar.
  • Se você dá mamadeira para o bebê, tenha certeza de que ele não está engolindo ar. Veja se o furo do bico não está muito grande, e mantenha a mamadeira sempre bem levantada, com o bico totalmente preenchido de leite. Procure os bicos anatômicos e elaborados exatamente para diminuir a entrada de ar enquanto a criança mama.
  • O pediatra pode receitar uma medicação (gotas de dimeticona ou simeticona) para ajudar o bebê a aliviar o acúmulo de gás na barriguinha. Atenção para o uso de funchicória, um pó feito a partir do funcho ou erva-doce: este fitoterápico que muitos pais colocavam na chupeta para acalmar a criança foi proibido pelo governo, pois sua segurança e eficácia não foram comprovadas. Fale sempre com o médico antes de usar qualquer truque que envolva dar alguma substância para a criança, mesmo que seja só molhar a chupeta.
  • Tente colocar uma bolsa de água quente na barriga do bebê (sempre envolta numa toalha e com muito cuidado para não queimar o bebê, que tem a pele extra-sensível).
  • Procure fazer movimentos de bicicleta com as pernas dele ou massagear a barriga com delicadeza para estimular a evacuação, o que também pode ajudar.

5 de nov. de 2013

Pressão Alta



O mal acomete um número considerável de grávidas e pode trazer consequências também para o bebê. Felizmente, é possível assumir as rédeas do problema. Veja como:
A combinação entre muito sal na dieta, sedentarismo e maus hábitos em geral deflagra uma doença que atinge de 5 a 7% das grávidas brasileiras. Trata-se da hipertensão gestacional, um problema que pode comprometer a saúde e a vida da futura mamãe e a do bebê.
 A hipertensão gestacional é uma complicação que acompanha entre 5 e 7% das grávidas brasileiras. O aumento da pressão é um mal que pode comprometer a saúde e a vida tanto da mãe quanto do bebê. Alberto D’Auria, médico obstetra e diretor do Hospital Maternidade Santa Joana, na capital paulista, é taxativo: “Maus hábitos e alimentação desequilibrada. Aí está a origem de praticamente todos os problemas de saúde”. Para ele, ainda, o aumento da pressão durante a gestação se inclui nessa sentença.
Patrícia Miziara Montalvão, 26 anos, advogada, é um exemplo de como a união de maus hábitos alimentares pode ser fatal. Ela não poupou seu paladar, sempre voltado para comidas salgadas, durante a gestação, não fez restrições alimentares e não praticava atividades físicas, até mesmo porque nunca apresentou problemas de peso. Patrícia estava no sexto mês da sua primeira gravidez quando, num exame de rotina de pré-natal, constatou o aumento da pressão. Entre idas e vindas ao médico, picos da pressão de até 18/11 e várias tentativas em controlá-la com medicamentos, ela chegou ao limite entre a vida e a morte. Patrícia mora em Santa Maria do Tocantins e teve que ser levada às pressas para Brasília. A médica que a recebeu se assustou com seu estado: ela estava muito inchada e, assim que foi internada, começou a ter convulsões. O parto foi induzido algumas horas depois: “Quando tiraram Ana Letícia e junto a placenta, na hora minha pressão se normalizou”, conta Patrícia. “Mas não apontaram a placenta como a única causa da hipertensão. Tive uma gravidez tumultuada, com muito estresse e hábitos alimentares péssimos. Tinha desejo por tomate cru com sal todos os dias!”
 Entenda o que é a hipertensão gestacional, os motivos que caracterizam a doença e saiba o que você deve fazer para se prevenir.

 1. O que é a hipertensão na gravidez?
O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação em mulheres que nunca haviam antes demonstrado o problema é classificado como doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). Esse é um dos distúrbios mais comuns em grávidas e se apresenta de duas formas: como pré-eclâmpsia e eclâmpsia.
 A pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela urina. Normalmente, essa complicação começa depois da 20ª semana de gravidez. Quando não tratada adequadamente, pode culminar na própria eclâmpsia, a reta final da doença. Ela se caracteriza pela pressão muito elevada escoltada de outros sintomas mais graves, como convulsões e inchaços. Nesse estágio da DHEG, a vida da mãe e do bebê entra em risco.

 2. Quais são as causas da hipertensão na gravidez?
Não existe uma única causa. Há o consenso de que o problema é resultado, entre outras coisas, da má adaptação do organismo materno a sua nova condição. Outros motivos são a alimentação desequilibrada, com o excesso de sal, e o sedentarismo. “Mas os principais agravantes da hipertensão são mesmo os hábitos alimentares, embora o começo do problema esteja na formação da placenta”, explica o obstetra Alberto D’Auria.

 3. Quais os sinais de que o problema está se tornando preocupante?
Além da pressão sanguínea muito alta, dores de cabeça e abdominais, escotomas (visão comprometida com pontos brilhantes) e inchaço em todo o corpo indicam que o quadro da gestante é sério e merece cuidados médicos de pronto.

 4. Dá para controlar a doença sem medicação?
Depende. Para isso, é preciso ficar de olho na alimentação e no ganho de peso. A dieta, por exemplo, deve ser rica em ácido fólico, já que esse nutriente tem ação vaso dilatadora, e pobre em sal, o gatilho para o disparo da pressão. Se mesmo com esses cuidados a pressão teimar em subir, aí os remédios anti-hipertensivos costumam ser necessários.

 5. Mulheres que já tinham pressão alta antes da gravidez devem tomar cuidados extras?
Sim. Quem já era hipertensa deve, junto com o cardiologista e o ginecologista, estudar soluções para assumir as rédeas do problema durante a gestação. Muitas vezes, os especialistas optam por trocar o anti-hipertensivo que a mulher já tomava por outro medicamento da mesma classe e mais indicado para esse período. E, claro, é preciso redobrar os cuidados com o aumento do peso e a alimentação. Outra providência é aumentar a suplementação de ácido fólico. As futuras mamães que já tinham hipertensão antes de engravidar não se enquadram nos casos de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), que, como o próprio nome entrega, geralmente se restringe a esse período. No entanto, a partir do momento em que a pressão não para de subir, os sintomas e os procedimentos adotados pelos médicos são similares aos da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia.

 6. Existe um perfil de mulheres que desenvolvem a hipertensão gestacional?
Mulheres que engravidam tardiamente costumam ter maior chance de desenvolver o problema – cerca de 14% delas. “De modo geral, são mulheres que trabalham muito e esperaram a estabilidade para engravidar. Por isso também são mais estressadas, sofrem muita pressão e, comumente, ingerem muito café. Esse é um público cativo da hipertensão na gestação”, relata o obstetra D’Auria. A pré-eclâmpsia também tem maior incidência na primeira gravidez e, do mesmo modo, “gestações múltiplas têm grandes chances de desenvolver o problema”.

 7. A pré-eclâmpsia pode prejudicar a formação do bebê?
A saúde do pequeno não é comprometida quando a mãe está com a pré-eclâmpsia. Mas, se não for tratada, e a gestante chegar ao estágio de eclâmpsia, o risco da perda da criança é alto.

 8. Quais são os comprometimentos para a mãe?
Quando a pressão não consegue mais ser controlada com o auxílio de remédios e os outros sintomas da eclâmpsia estão evidentes, não existe outra saída: o nascimento do bebê precisa ser acelerado com um parto induzido. Caso contrário, o pequeno e a mãe correm o risco de morte. “É importante considerar que 75% dos óbitos por hipertensão arterial na gravidez têm como causa a eclâmpsia”, alerta D’Auria.
 Patrícia Miziara é mais uma vez o exemplo desse extremo. Ela chegou ao hospital com a pressão em 16/11 e extremamente inchada mesmo depois de duas semanas tentando diversos anti-hipertensivos. Assim que foi internada, vivenciou as primeiras convulsões, típicas da eclâmpsia. “Se tivesse esperado mais seis horas para realizar o meu parto, segundo a médica, teria perdido meu bebê e a minha vida”, conta Patrícia. Ela sobreviveu e não precisou sequer ficar hospitalizada. Já Ana Letícia, sua pequena, ficou na UTI por mais três meses, lutando para sobreviver.

 9. Quem teve hipertensão na gravidez tem maior chance de ter pressão alta ao longo da vida?
“Qualquer doença durante a gestação é um indício de uma predisposição. É uma ilusão pensar que o surgimento de algumas complicações seja totalmente aleatório”, diz D’Auria. “A exemplo disso estão os números do diabete gestacional. Cerca de 20% das mães desenvolvem a doença depois da gravidez”, completa. É comum em pacientes que desenvolveram a doença hipertensiva específica na gravidez tenham a pressão normalizada ou pelo menos reduzida logo em seguida ao parto. Mas, ainda assim, em muitos casos elas continuam com o anti-hipertensivo por cerca de 40 dias

Fonte:http://bebe.abril.com.br

4 de nov. de 2013

Mantendo a Boa Forma



Gravidez também é sinônimo de alguns quilinhos a mais. É inevitável: quando a barriga começa a crescer, a mulher ganha peso gradativamente durante os 9 meses de gestação. Muitas delas se entregam aos desejos e não controlam a dieta. Outras se preocupam com o ganho excessivo de peso apenas depois do bebê nascer. Mas, esse aumento de peso deve ser gradual, de 9kg a 12kg no tempo total da gravidez.
Por isso, para voltar à boa forma, é preciso manter uma alimentação equilibrada nutricionalmente durante a gravidez. Segundo Juliana Dragone, graduada em Nutrição Clínica pelo GANEP, não é necessário comer tudo que vê pela frente, pensando que grávida deve comer por dois. "O excesso de peso também pode prejudicar o desenvolvimento do bebê e colocar em risco a saúde da mãe, podendo ocasionar doenças como a pré-eclampsia e eclâmpsia, que é o aumento da pressão arterial durante a gestação", explicou.
De acordo com a nutricionista, a partir do segundo trimestre os profissionais recomendam um aumento de 300 calorias na alimentação diária. "No período da gestação não é recomendado fazer dietas de emagrecimento, mesmo que a futura mamãe esteja acima do peso. Se houver uma restrição calórica, poderá haver deficiência de nutrientes importantes para a formação e crescimento do bebê", acrescentou.
Aquelas que seguem as instruções podem ficar tranquilas em relação ao peso: "elas voltam à boa forma durante o aleitamento materno", disse Juliana, acrescentando que as metas são fundamentais para nos proporcionar uma melhor autoestima.

Dicas práticas de alimentação:

- Durante e depois da gestação, alimente-se de uma maneira equilibrada, com frutas (ajudam a regular o trabalho do intestino), verduras e legumes (contêm ferro, um nutriente que reduz os riscos de anemia) e cereais integrais diversos (são enriquecidas com ácido fólico, uma vitamina que previne defeitos congênitos).
- Coma sempre devagar e mastigue bem os alimentos, saboreando-os. "Horário da refeição é da refeição. Portanto, desligue-se de tudo nessa hora. Cada vez que for fazer uma refeição procure sentar-se à mesa, de preferência, em ambiente claro e calmo", disse Juliana.
- Elimine completamente da dieta as bebidas alcoólicas, chás mate e preto, bebidas gaseificadas e refrigerantes a base de cola.
- Não pule refeições. "Isso é muito perigoso, pois as reservas de energia do nosso corpo se esgotam e ocorre a perda de massa muscular e o acúmulo de gordura na região abdominal", disse Juliana.
- Coma sempre como primeiro prato uma salada temperada com pouco azeite, vinagre, limão, cheiro verde, acetato balsâmico etc. "Comendo a salada de entrada, a você se farta e já não abusa do segundo prato.", explicou.
Os exercícios devem estar aliados à alimentação. Segundo o personal trainer Miguel Sarkis, elas devem primeiro amamentar para depois começarem com caminhadas leves. “Durante a gestação o corpo é muito solicitado para suportar o aumento de peso, angulação da coluna e pernas. Também existe a dilatação de quadris e do ventre. Por isso, é necessário respirar fundo e alongar-se muito para recuperar as posições anteriores ao parto. Isso deve ser feito com uma frequência semanal de duas a três vezes, analisando a cada caso”, explicou.
Nesta fase, devido ao estresse emocional e físico por conta da preocupação com os cuidados com o bebê, amamentação e noites mal dormidas, Bernardo Berro, proprietário e coordenador da empresa Personal Trainers Servicos, indica atividades de baixa intensidade, durante cerca de 50 minutos, de 2 a 3 vezes na semana, como por exemplo caminhadas, pilates e ioga. "Escolha atividades prazerosas que, além de melhorar o corpo, podem também trabalhar o psicológico. Mente sã, corpo são", disse.
Além disso, manter a qualidade de vida durante a gestação também é importante. Berro indica a prática de atividades aeróbicas de baixo impacto, como a hidroginástica, que ameniza os riscos de queda ou qualquer outro fator que afete a segurança do feto. “Tenho alunas grávidas que continuam com o seu treinamento de musculação. Mas, só aceitei treiná-las após a liberação do médico obstetra e tive que aperfeiçoar o treinamento adequando-o às possibilidades delas”, acrescentou.
A falta de exercícios e a falta do “recheio” da barriga de grávida pode deixar a região flácida. "Após o período de gravidez a mamãe deve realizar exercícios para o abdômen, isométricos, de forma gradual, até que se tenha atingido considerável quantidade e intensidade do exercício físico", disse Sarkis.
Os seios também podem ficar mais bonitos. "O tempo deverá permitir o retorno dos seios ao ponto inicial. Os exercícios de peitorais e ombros devem cuidar, com o tempo, do retorno e do fortalecimento dos músculos envolvidos", acrescentou.