A independência que vão experimentando pouco a
pouco as crianças, as induzem a provar o limite do permitido. Saltam, correm, comem e se
vestem sós, e a cada dia descobrem o poder da linguagem. Dizer palavrões é um
exemplo disso, principalmente quanto compartilham atividades com crianças mais
velhas, e possivelmente com criação e princípios diferentes.
O que você disse? Pergunta a mãe chateada com o filho que acabou de soltar um
palavrão. Será essa a melhor maneira de evitar que os filhos digam palavrões? O
que podemos fazer diante dos palavrões dos nossos filhos, considerando que cada
família impõe limites que consideram aceitáveis, já que nem todos somos
ofendidos com as mesmas palavras. Agora, uma coisa queremos deixar bem claro, é
que se os pais fazem “vista grossa” com os filhos que os ofendem com palavrões,
desrespeitando-os desde pequenos, com toda certeza, quando esses se tornarem
adolescentes, ficará muito mais difícil impor-lhes limites ou disciplinas.
Já dizia o sábio Salomão: “Ensina a criança o caminho que deve
andar, e quando ainda for velho, não se desviará dele”. Alertando que ensinar
não é apenas dizer o que a criança pode ou não, mas é dar exemplo. Palavras sem
atitudes são como o vento. Abaixo um resumo das recomendações.
1- Dar exemplo.
Se você não quer que seu filho diga palavrões, então também não os profira.
Porque o que não se ouviu, não pode se reproduzir ou imitar.
2- Evitar rir ou
sorrir diante de qualquer palavrão. Por mais graciosa que possa
resultar uma expressão ou algum palavrão, rir-se dele é um grande erro, e
incentiva a criança a repetí-la.
3- Explicar de
forma simples e clara que estas palavras ofendem, incomodam,
que não são respeitosas e que existe um princípio básico nisso tudo: o que não
gostaria que fizessem contigo, não faça você também.
4- Manter a
calma e não dê importância demais, já que uma atitude em
excesso do adulto, pode produzir efeito contrário. A criança deve sentir que os
palavrões não são a melhor forma de chamar a atenção dos seus pais. O melhor é
reconduzir essa etapa com naturalidade para que os palavrões percam seu poder e
seu efeito na criança. A disciplina funciona sempre, desde que seja bem
explicada e atinja o seu objetivo.
5- Oferecer
alternativas. Incluir outras palavras a um sentimento ou
situação em que se encontre a criança. Cada família pode adotar as palavras do
seu meio cultural e social que sejam mais oportunas. Ensinar às crianças, por
exemplo, que é melhor dizer ao seu irmão que está angustiado, porque quebrou
seu carrinho, do que chamá-lo de imbecil ou de burro. Os pais podem inventar
alguma palavra nova e divertida para substituir as ofensas. Mas sempre devem
chamar a atenção para o respeito entre familiares, porque as atitudes de uma
criança dentro de casa, certamente refletirão numa atitude semelhante fora
dela.
6- Oferecer
leituras para aumentar o vocabulário da criança e fazê-la
descobrir novas expressões, exclamações,...mais divertidas.
Se a situação persistir, talvez os pais deveriam avaliar outras
causas, por exemplo, se dão suficiente atenção à criança ou se estão sendo
extremamente rígidos com sua educação. Pode ser que a criança esteja utilizando
os insultos só para chamar a atenção dos seus pais. Pode ser que quando se
portam bem, não lhe dêem muita importância como quando se portam mal.
Fonte: guiainfantil.com
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